Neste método, a transmissão de calor se dá por condução direta, quando feito em panela; ou convecção, quando executado em fornos e champas. Pode ainda ser feito por meio indireto, aquecendo o alimento ao ar livre, como a grelha e espeto; com uso de ar confinado, como ocorre no forno; ou gordura, imergindo o alimento na substancia, que acaba por dourar. (1,5)
Os principais métodos que empregam calor seco são analisados abaixo:
GRELHAR - CALOR SECO DIRETO
Esta técnica consiste na disposição do alimento sobre uma chapa de metal quente (ou ainda uma grelha), fazendo com que o alimento seja selado e seus líquidos permaneçam retidos em seu interior. (1,2,3,4,5)
Ao optar por esta técnica deve-se considerar as características do alimento, como textura e teor de umidade, assim como deve-se observar o tamanho do corte aplicado, para que se obtenha as características desejadas no alimento, e não um alimento ressecado ou cru, sendo portanto recomendado seu emprego em cortes que apresentem estrutura macia e não necessitem de grande quebra de fibras ou tempo de cocção. Todavia, trata-se de uma boa escolha quando se busca reduzir a perda de nutrientes, e controlar o uso de lipídeos durante o preparo. (1,2,3)
POÊLER - CALOR SECO DIRETO
Nesta técnica o alimento em questão e os ingredientes que se deseja utilizar são acondicionados em um recipiente que deve ser fechado no inicio do processo de cocção, que ocorre sob temperatura baixa para posteriormente ser elevada e a tampa ser removida para que os alimentos adquiram coloração almejada. Feito isto, os alimentos devem ser retirados e o líquido resultante da cocção reduzido, obtendo-se um molho saboroso. Muito empregado durante a cocção de carnes, tem grande parte da umidade obtida a partir dos alimentos acrescentados durante a cocção, sendo geralmente utilizado guarnição aromática. (1,5)
REFOGAR (COM OU SEM USO DE TAMPA) - CALOR SECO DIRETO
Neste método ocorre transferência de calor por condução, na qual o alimento que se deseja trabalhar (em peças pequenas) deve estar depositado em um recipiente que contenha algum tipo de gordura, bem como o líquido liberado pelo próprio alimento durante a cocção. Caso o processo ocorra na ausência de tampa haverá evaporação, e por consequência, concentração dos líquidos presentes no recipiente, concentrando sabores e aromas. Trata-se de um método rápido, preservando a existência de nutrientes e aromas. (1,2,3,4)
SALTEAR SEM TAMPA - CALOR SECO DIRETO
Indicado para aquecimento de alimentos que apresentem poucas fibras a serem quebradas, esta técnica utiliza calor seco por reduzido período de tempo (reduzindo possíveis perdas de compostos aromáticos, responsáveis pelo sabor, ou ainda nutrientes) sob temperatura alta, na qual o alimento é dourado em fogo alto e em seguida, envolto em reduzida quantidade de gordura, é saltedo (como manteiga ou óleo). Usualmente opta-se por alimentos que sejam naturalmente macios ou que tenham sido branqueados (1,2,3,4,5)
ASSAR - CALOR SECO INDIRETO
O ato de assar, tecnicamente ocorre quando se submete um alimento à cocção direta em fornos ou espetos, sem adição de substâncias líquidas ou tampa. Neste o calor é transmitido por convecção, através do ar aquecido que se encontra dentro do forno; e por condução, por meio das partículas que se agitam dentro do alimento. Sugere-se que em um primeiro momento a temperatura utilizada seja elevada, para selar o alimento, e posteriormente a temperatura deve ser reduzida, para que seu interior atinja a temperatura ideal lentamente; para tanto, deve-se notar as características do alimento, incluindo seu tamanho, para planejar a forma como o processo deve ocorrer. (1,2,3,4,5)
FRITAR - CALOR SECO INDIRETO
Umas das técnicas mais conhecidas na culinária nacional, proporcionando um produto final crocante em sua superfície, corado e com umidade em seu interior. O ato de fritar consiste na imersão do alimento em algum tipo de gordura ou óleo alimentício que se encontre em alta temperatura, ocorrendo transmissão de calor da panela para o óleo por condução, e do óleo para o alimento por convecção (indiretamente). Este método utiliza elevada quantidade de gordura (quando trata-se de fritura de imersão), e deve ser utilizado observando a temperatura, e qualidade do óleo, visto que trata-se de um método de cocção rápido e deve-se evitar a absorção pelo alimento preparado. Fato em que se recomenda ser usado com moderação. (1,2,3,4)
REFERÊNCIAS
- Araújo, HC; Ramos, KL; Botelho, RBA; Zandonadi, RP. Transformação dos Alimentos: Carnes Víceras e Produtos Cárneos. In: Araújo, WMC; Montebello, NP; Botelho, RBA; Borgo, LA. Alquimía dos Alimentos. 2° Edição.Editora Senac; 2013. p. 176-181.
- Larousse. Conhecimentos de base - Cozimento dos Alimentos. In: Larousse. Mestre-cuca Larousse: 1800 receitas. São Paulo. 1° Edição. Editora Larousse do Brasil Participações Ltda; 2007. p.18-20.
- Larousse. Formas de Cozimento. In: Larousse. Larousse da Cozinha Prática. São Paulo. 1°Edição. Editora Larousse do Brasil. 2006. p.16-19.
- Kövesi, B; Siffert, C; Crema, C; Martinoli, G. Cocção - Métodos de Cocção. In: Kövesi, B; Siffert, C; Crema, C; Martinoli, G. 1° Edição. Editora: Companhia Editora Nacional; 2008. p. 41-49.
- Spinelli, MGN. Métodos de Cocção. In: Abreu, ES; Spinelli, MGN. Seleção e Preparo de Alimentos. Gastronomia e Nutrição. 1° Edição. Editora Metha. p. 27-30
ótimo blog, uma pena que parou
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