Estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Montfort, Reino Unido, objetivou estender como se dá a aceitação de um novo alimento (aipo) por crianças, bem como a aceitação de alimento com o qual estejam familiarizados (cenoura). Para tanto, foi realizada a avaliação sensorial hedônica destes alimentos, relacionando sua aceitação ou rejeição com diferentes aspectos sensoriais (tátil, visual, olfativo e gustativo), o que por consequência iria predizer a escolha por experimentar, ou não, o alimento ofertado.
Participaram do estudo crianças entre 7 e 11 anos de idade. Destes, 76,8% provaram o alimento novo, enquanto que 91% provaram o alimento pelo qual estão familiarizados. Foi observado que quanto mais jovem a criança, maior a ocorrência de neofobia ao alimento ofertado. Além disso, foi mais provável o relato de que o novo alimento aparentava ser estranho; ao passo que entre crianças com maior idade foi mais provável o relato de que o alimento teria aroma estranho.
Notou-se ainda que entre as crianças que rejeitaram tanto o alimento novo quanto o alimento com o qual são familiarizados, foi mais provável a rejeição em decorrência do aroma e aspectos visuais.
Entre aqueles que experimentaram o alimento novo foi mais provável a aceitação positiva associada com sensação de que o alimento seria bom (“good”); enquanto que o relato de que o alimento tem “cheiro estranho” esteve relacionado à rejeição.
Com esse estudo, os pesquisadores concluiram que as observações encontradas sugerem que a novidade alimentar é geralmente avaliada como algo negativo por crianças, reforçando a ideia de que o emprego de técnicas que diversifiquem a forma como se dá a exposição desses alimentos deveriam ser usada para tornar alimentos novos mais atrativos, fazendo com que as crianças se familiarizem com o alimento. Sendo portanto, importante atentar para os aspectos visuais, olfativos e táteis.
Dessa forma, use e abuse dos conhecimentos da técnica dietética para diversificar a apresentação de alimentos novos para crianças, ou não.
Para ler mais detalhes sobre o artigo acesse esse link. Para relembrar alguns dos principais cortes empregados em frutas e hortaliças acesso esse link.
REFERÊNCIA:
Coulthard H, Palfreyman Z, Morizet D. Sensory evaluation of a novel vegetable in school age children. Appetite 100 (2016) 64e69.
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